Inicialmente foi feita uma convocação através dos sites de relacionamento sociais: facebook, blogs e do twiter, para que os egípcios participassem de um ato político, na Praça Tahrir, no centro de Cairo, contra a ditadura de Hosni Mubarak, de 82 anos, já doente, e no poder há 30 anos, e que mantém esse governo com o apoio dos EUA.
Uma convocação surgiu espelhada nas manifestações de protestos que resultaram na renúncia do ditador, Zine el Abidine Ben Ali, da Tunísia, acontecido em janeiro.
Esse ato político tomou dimensões gigantescas e pela primeira vez uma oposição considerada frágil e dividida se articula e lota a Praça Tahrir, no centro de Cairo, epicentro das manifestações, exigindo a demissão de Mubarak e este que não aceita deixar o governo, contra-ataca com ações violentas contra os manifestantes, resultando em mortes e muitos feridos.
Hosni assumiu o governo do Egito em outubro de 1981 porque ele era o vice do presidente Muhammad Anwar Al Sadat, assassinado quando discursava durante uma parada militar, na cidade do Cairo, no dia 06/10/1981, e desde então restringiu a liberdade da população, as eleições que realizou foram fraudulentas, baniu o grupo Irmandade Muçulmana. Esse grupo não se encontra liderando os protestos, mas representa a principal força opositora do regime.
As Forças Armadas que sustentam a manutenção do ditador, ganharam força com a formação de um novo gabinete e aderiram aos manifestantes se recusando a reprimir as manifestações. Eles são vistos no meio da multidão conversando com os manifestantes, sendo fotografados e aparentemente alheios às manifestações.
Analisando-se essa crise, percebe-se que ela trará um grande impacto negativo para a própria economia do País, prejuízos para o mundo no que se refere aos tesouros arqueológicos de que o Egito é depositário, e ainda servirá de exemplo para que outros países Árabes destituam seus ditadores e se tornem verdadeiramente democráticos.

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